01 julho 2017

A Europa tem futuro?

Na continuação da reflexão em curso no Grupo Economia e Sociedade (Projecto Economia e Sociedade - Pensar o Futuro) acaba de ser publicado nas páginas deste blogue o texto da autoria de Elsa Ferreira, com um título provocatório A Europa tem futuro? 

A análise incide sobre o futuro da União Europeia e tem por base a recente publicação do Livro Branco que foi elaborado por iniciativa do Presidente da Comissão Jean-Claude Juncker.

Como se escreve no texto agora publicado: 

Neste Livro Branco sobre o futuro da Europa a Comissão parece reconhecer, pela primeira vez, quão grave é a crise de legitimidade no seu interior, abrindo o debate relativamente a um conjunto de opções para o seu futuro, não apenas a uma maior integração, mas também, ao aumento da regulamentação em áreas em que aquela tem sido mais bem sucedida ou, ainda, a de andar para trás para se concentrar apenas no mercado único se for esse o desejo dos vários países membros.

Concordando-se ou não com a metodologia seguida e os pressupostos de base, o Livro Branco tem o mérito de lançar o debate e poder contribuir para uma maior compreensão do alcance das distintas e contrastantes opções em causa

Até Setembro os cidadãos e cidadãs da UE são convidados a expressar-se sobre as perspectivas de futuro da União, tendo por base os cenários apresentados no LB. 

O texto de Elsa Ferreira agora publicado procura ir ao encontro dessa proposta e, simultaneamente, precisar os contornos que poderão influenciar o nosso desenvolvimento futuro.

No percurso reflexivo que a este propósito foi feito no âmbito do GES identificaram-se, para além das temáticas abordadas neste texto, outras que merecem reflexão posterior e aqui menciono por memória: a reforma da estrutura organizativa da UE considerada excessivamente pesada, burocratizada e com débil controlo democrático, o indispensável reforço do sentido de identidade por parte do cidadão europeu comum, as implicações da revolução tecnológica e a necessidade de uma estratégia de conjunto para bem gerir a transição, o reforço da defesa comum, a imprescindível reforma do euro, a influência da Europa no plano da geo-estratégia mundial, o acolhimento e integração dos refugiados e dos migrantes que massivamente têm chegado ao continente europeu.

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